Ainda, ontem.

Ainda a propósito do Dia Internacional da Mulher, cujo centenário se comemorou ontem, aqui fica um vídeo intitulado We Are Equals (Nós somos iguais) onde Daniel Craig (o actor de James Bond) se despe do papel de homem para se vestir de mulher, com o objectivo de promover a igualdade de género e fazendo alusão a questões como a desigualdade salarial e a violência doméstica. 

Em We Are Equals, Daniel Craig transforma-se e tenta colocar-se no papel de uma mulher. Durante toda a gravação, com pouco mais de dois minutos, o actor mantém-se em silêncio, enquanto Judi Dench enumera alguns dos obstáculos que a mulher enfrenta nas sociedades actuais (Fonte) :



Como não se encontra legendado, aqui fica uma tradução livre das palavras da actriz: 
Somos iguais, não diria que sim?
No entanto, estamos em 2011 e é muito provável que um homem ganhe mais do que uma mulher, mesmo que desempenhem a mesma função.
Ele tem muito mais oportunidades de se tornar político ou  director de uma empresa.
Como homem, é muito menos provável que seja julgado por comportamento promíscuo, o que até está certo, francamente. E será muito improvável que  seja vítima de abuso sexual.
Mas, não como as cerca de 30.000 mulheres do Reino Unido que perdem os seus empregos devido à gravidez, não correrá nenhum risco para a sua carreira se escolher tornar-se pai, ou isso acontecer por acaso... 
Para alguém tão apreciador de mulheres, interrogo-me se já considerou alguma vez como será tornar-se numa delas.
...
O mundo mudou. Mas os números mantêm-se contra nós:
As mulheres são responsáveis por 2/3 do trabalho feito em todo o mundo, mas apenas ganham 10% do rendimento total e possuem 1% da riqueza. 
Não é só uma questão de dinheiro e poder. Em cada ano 70 milhões de raparigas são privadas da mais básica educação e uns assustadores 60 milhões são atacadas sexualmente a caminho da escola. 
Temos medo de sair à rua à noite, mas algumas têm ainda mais medo de regressar às próprias casas. 
Pelo menos 1 em cada 4 mulheres é vítima de violência doméstica. E no Reino Unido, a cada semana, 2 mulheres são mortas por um actual ou antigo companheiro. 
Então? Somos iguais?
Até a resposta ser sim, não podemos deixar de perguntar.
Porque estas causas também devem fazer parte da educação das crianças mais pequenas... 

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