A importância de ouvir as crianças...

Para além de ser prática diária em muitos jardins de infância, a importância de ouvir as crianças foi recentemente reconhecida através do prémio da Fundação Bissaya Barreto, o qual contempla, rotativamente, as áreas sociais, da saúde e da cultura. A temática eleita este ano foi a educação, sob o lema "Educar para criar: da escola à universidade", tendo sido distinguido o Prof. Doutor João Formosinho.

Juntamente com a sua esposa, a Prof. Doutora Júlia Oliveira-Formosinho, o director e criador da Associação Criança (instituição sem fins lucrativos que reúne professores universitários e educadores de infância, cuja missão é investigar e promover uma alternativa pedagógica que "olhe a criança" como actor da sua própria educação e não como um figurante passivo) defende que não existe "um modelo pedagógico pronto-a-vestir, de tamanho único, que sirva a todas as crianças da mesma idade".

Na verdade, "ao contrário da visão tradicionalista, as crianças não são um papel em branco onde se colam saberes, cultura e competências. Os bebés são seres com direitos e já nascem com competências que têm de ser despertadas, desenvolvidas e ensinadas, mas ao ritmo das suas motivações e da própria maturação cognitiva" (João Formosinho).                               Podem ler mais aqui.


Daí a importância de ouvir as crianças antes de ensinar, uma filosofia educativa com a qual procuro estar em sintonia e a abordagem que defendo  no trabalho pedagógico com as crianças, desde que tive a oportunidade de contactar com ambos na Universidade do Minho, no âmbito de um Curso de Mestrado em Metodologias e Supervisão na Educação de Infância.

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