Desde sexta-feira que é impossível aceder ao Facebook nos computadores das escolas.
Mas não se sabia ainda a razão...
Agora sabe-se...
Se estiverem interessados em saber, a notícia completa está aqui.
Acerca disto ocorre-me referir que, apesar de não ser uma página de caráter pedagógico, o Facebook é, para mim e para muitos outros docentes deste país, uma ferramenta de interação e comunicação com pais, com educadores/professores/investigadores e crianças de outros contextos e também com outros interessados na educação de infância, no país ou no exterior.
Pela sua facilidade de utilização, permite intercâmbios e partilhas de inegável interesse pedagógico, mediadas por uma tecnologia que é, cada vez mais acessível a todos. Para além disso, permite aceder a páginas de conteúdo pedagógico de elevado interesse e qualidade, pois quase todas as instituições ligadas à Educação, aqui estão, atualmente, representadas.
Acredito numa postura de trabalho colaborativo em Educação.
Acredito que, partilhando o que fazemos, os nossos sucessos e dificuldades, conquistas e fracassos, dúvidas e problemas, conhecendo opiniões/críticas/sugestões de outros interessados nestes assuntos, que tal como eu lêem, investigam, refletem e debatem a qualidade da educação que efetivamente proporcionamos (ou não...) às nossas crianças, todos crescemos.
Defendi, há uns anos atrás, a minha tese de Mestrado em Supervisão Pedagógica com um trabalho de supervisão de pares, de caráter reflexivo e colaborativo, mediado pela tecnologia com vista ao desenvolvimento profissional, donde extraí estes excertos pertinentes:
"Quanto ao desenvolvimento profissional, como realça Lima (citado
por Alves & Flores, 2010), um dos maiores desafios que se colocam
aos profissionais de educação 'é o de serem capazes de desenvolver uma
profissionalidade que assente, não exclusivamente no intercâmbio directo com os
‘seus’ alunos, mas também na interação alargada com outros profissionais' (p.
56)". Os mesmos autores concluem dizendo “torna-se, por
isso, essencial, desenvolver estratégias e capacidades para aprender com os
outros, a partir dos outros e para os outros” (p. 97).
"Veiga Simão et al. (2009) reforçam esta ideia, acrescentando que os resultados da investigação têm demonstrado que, quando é valorizado o trabalho colaborativo, o crescimento profissional dos professores aumenta, dado essa colaboração ser facilitadora da partilha de experiências de sucesso e também possibilitar uma aprendizagem pelo conhecimento dos erros dos seus pares."
"Veiga Simão et al. (2009) reforçam esta ideia, acrescentando que os resultados da investigação têm demonstrado que, quando é valorizado o trabalho colaborativo, o crescimento profissional dos professores aumenta, dado essa colaboração ser facilitadora da partilha de experiências de sucesso e também possibilitar uma aprendizagem pelo conhecimento dos erros dos seus pares."
O Ministério da Educação está, desta forma, a limitar a capacidade que existia anteriormente de se fazer tudo isto e isso é muito triste.
Ainda para mais, estamos inseridos num agrupamento que é TEIP (território educativo de intervenção prioritária), o qual tem, no seu Plano de Melhoria, indicadores que visam aumentar as interações mediadas pelas TIC... irónico, não?
A mim ocorre-me dizer que o Ministério da Educação está, uma vez mais, um pouco desfasado dos tempos... Concordo que o facebook não poderia ser à partida considerada uma página pedagógica, mas a verdade é que já é povoada por muitos grupos pedagógicos e é um veiculo de divulgação de muitas página pedagógicas (como esta) e é uma forma de comunicação entre profissionais!
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