Continuamos com as medidas... do pé, da altura, do peso, dos ingredientes dos biscoitos e hoje de líquidos, em mais uma situação-problema que se converteu numa experiência! Começamos com o néctar dos deuses, a pedido do aprendiz:
Procuramos responder à pergunta:
- Onde tem mais néctar? No copo alto e fino ou no copo baixo e largo?
Tivemos que fazer previsões (estimativas)...
Inicialmente achamos que era no copo alto, porque o néctar ia até lá acima; mas a Beatriz chamou-nos à atenção que o copo baixo era mais largo; logo o Miguel P. reformulou a primeira hipótese, afirmando que ambos tinham a mesma quantidade, porque o néctar que estava em cima no copo fino, estava na largura do copo baixo!
Comprovamos através de uma experiência: vertemos o néctar do copo alto e fino no copo baixo e largo e vice-versa. O que aconteceu: ficaram iguaizinhos, logo concluímos que:
- Os copos tinham a mesma quantidade néctar! A rainha tinha mesmo razão!
Depois passamos à segunda parte, onde havia vários recipientes diferentes com água a diferentes níveis. Desta vez pergunta era:
- Qual destes recipientes tem mais água?
Mais uma vez, previmos qual seria...
Quase todos achavam que a jarra tinha mais água do que os outros; então experimentamos, em pares (padrinhos e afilhados), vertendo a água de cada recipiente para um copo de plástico. Depois do segundo, já as estimativas tinham sofrido alteração:
- Não têm quantidades diferentes, têm a mesma quantidade de água, os recipientes é que são diferentes!
E foi mesmo essa a conclusão a que chegamos no final.
Aqui estão algumas imagens das experiências realizadas:
Experiência com líquidos on PhotoPeach
Depois de conversarmos sobre os resultados obtidos, registamos a experiência:
(Pena algumas fotos terem ficado demasiado desfocadas para publicar...)
Desta forma, trabalhamos o conceito de conservação do volume em recipientes com formas diferentes, sendo possível concluir que:
- a água não tem forma, adapta-se ao recipiente onde é colocada.
- a mesma quantidade de água pode ter alturas diferentes, conforme o recipiente usado.
- ao mudar a água de um recipiente para o outro, a sua quantidade (volume) não muda.
Assim fomos ao encontro do definido na Brochura "Despertar para a Ciência"(2009):
"As crianças constroem explicações a partir de variadas experiências familiares e escolares. Os adultos dos seus contextos próximos deverão proporcionar-lhes situações diversificadas de aprendizagem, para exploração de questões e fenómenos que lhes são familiares, aumentando a sua compreensão do real" (p. 17)
Gosto tanto de ver atividades, neste caso experimentais, bem contextualizadas. E vocês fazem-no muito bem. Questionam...levantam hipóteses...observam...registam as conclusões.
ResponderEliminarParabéns.
Beijinhos Triquiteiros.