Coelhos, galinhas... e ovos de Páscoa?

De volta à tranquilidade da nossa sala, num dia bem mais sossegado... :-)
Começamos por tentar dar resposta a uma pergunta que nos foi colocada pela prof. Paula, a propósito de uma dúvida surgida na sua sala: 
Afinal de onde vêm os ovos de Páscoa?
- São os coelhinhos que os põem...
- Mas os coelhos põem ovos?
- Não...
- Então são as galinhas!
- Pois, as galinhas põem ovos!
- Põem ovos... de chocolate?
- Não... põem ovos a sério!
- Já sei! - disse a M. - eu acho que são os coelhinhos que fazem os ovos, não os põem! Têm assim uma coisa parecida com uma fábrica e fazem lá os ovos de chocolate...
E todos se deram por satisfeitos com a explicação encontrada... nem galinhas, nem coelhos, quem faz os ovos é uma fábrica! E esta história sobre o coelhinho da Páscoa, que já estava combinada, veio reforçar essa ideia:



No final extraímos uma lição: partilhar é bom e faz-nos sentir felizes!
Depois do lanche pusemos mãos à obra, para continuarmos as tarefas iniciadas: 
Colorimos pipocas, usando manteiga derretida e corantes alimentares. Tivemos que mexer muito bem e depois envolver as pipocas nessa mistura, para as pôr a secar...
Depois de secarem ficaram prontinhas para encher de cor as nossas árvores-braço!
Vão decerto ficar parecidas com a árvore que vemos através dos vidros da nossa janela...
No intervalo de almoço, triciclos, trotinetas e um novo carrinho encheram de transito o nosso passeio...
Ainda lá fora, houve muitas brincadeiras livres na natureza, com pedras, paus, terra, plantas, árvores e suas raízes. O A., que encontrou uma minhoca entre as raízes do cedro, sugeriu levá-la para viver connosco na Sala Fixe, mas como amanhã já é o último dia antes da interrupção, voltaremos a falar desse assunto com mais tempo... e entretanto, cá dentro, quem precisou dormia a sua soneca ;-)

Depois de bem colados (por mãos crescidas, pois usamos cola quente!) os ovinhos de gesso nas telas pintadas, escrevemos nas telas... e enquanto os mais crescidos escreveram as palavras sozinhos, os mais pequenitos quiseram contornar as letras e fizeram-no muito bem!
Estão quase, quase todas prontas!
Mesmo a tempo da visita do coelhinho... nós achamos que ele vem cá amanhã ;-)
Em tempo de atividades livres surgiram produções interessantes no desenho... 
Como este, que tem uma história dentro:
Eu estou a dar a pizza à minha mãe e estou de joelhos. 
O meu pai e o meu irmão estão a montar o guarda-sol para comermos cá fora!

Ou estes, que têm letras dentro!
- Juca, escreve aqui  as letras A E I O U para eu copiar... - pediu a Mtl. (4 anos)
(escrevi, em letra impressa maiúscula, mas também em letra manuscrita minúscula)
- Eu quero que escrevas  Feliz Dia do Pai! - pediu logo depois a I. (4 anos)
E foram juntas para a mesa grande... onde estiveram um bom tempo envolvidas e de onde regressaram entusiasmadas com estas duas produções:
Tal como referem as OCEPE (p. 60) "A aprendizagem da linguagem oral e escrita deve ser concebida como um processo de apropriação contínuo que se começa a desenvolver muito precocemente e não somente quando existe o ensino formal. (...) Não há hoje em dia crianças que não contactem com o código escrito e que, por isso, ao entrarem para a educação pré-escolar não tenham já algumas ideias sobre a escrita. Assim, há que tirar partido do que a criança já sabe, permitindo-lhe contactar e utilizar a leitura e a escrita com diferentes finalidades. Não se trata de uma introdução formal e “clássica”, mas de facilitar a emergência da linguagem escrita através do contacto e uso da leitura e da escrita, em situações reais e funcionais associadas ao quotidiano da criança. Esta abordagem situa-se numa perspetiva de literacia, enquanto competência global para o uso da linguagem escrita, que implica utilizar e saber para que serve a leitura e a escrita, mesmo sem saber ler e escrever formalmente. O contacto com diferentes tipos de texto manuscrito e impresso (narrativas, listagens, descrições, informações, etc.), o reconhecimento de diferentes formas que correspondem a letras, a identificação de algumas palavras ou de pequenas frases permitem uma apropriação gradual da especificidade da escrita não só ao nível das suas convenções, como da sua utilidade" (p. 66).

Então até amanhã!

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