Hoje, ao contrário do que é habitual, não tivemos aula de música, mas aproveitamos na mesma para aprender a nova canção de janeiras: frase a frase, começamos por repetir e memorizar as palavras, a que associamos depois a melodia. Por fim, cantamos todos juntos... a canção agradou e isso é meio caminho andado para correr bem ;-)
Aproveitamos o tempo da reunião da manhã, em que habitualmente estamos mais disponíveis e concentrados, para iniciar o preenchimento da ferramenta de planeamento do projeto de empreendedorismo "Viagem de Barco": referimos quais os parceiros que nos estão a ajudar e procuramos formas de os representar nesta teia...
Ao longo do dia concluímos a decoração das coroas...
E aproveitamos os sobrantes... a tinta puffy e as aparas que sobraram de fechar as coroas à medida das nossas cabeças.
A C. optou por fazer uma colagem de aparas de coroas; o Rf. decidiu misturar duas técnicas: fazer pintura em espelho com tinta puffy; o Rd. preferiu desenhar com essa tinta e a Mt. escolheu salpicar a folha toda...
- Como fazia aquele pintor, lembras-te?
- Lembro, era o Jackson Pollock que usava a técnica de salpicar!
Nas áreas, as iniciativas também foram diversificadas, mas alguns dedicaram-se às áreas de expressão, recordando que amanhã é dia de organizarmos as nossas produções!
A I. passou parte da manhã a fazer bolachinhas para os amigos e estava preocupada se tinha que chegasse para todos:
- Quantas bolachas achas que estão aqui?
- Não sei, não contaste?
- Ainda não...
- E quantas achas que são? Dez, vinte?
- Acho que são mais de dez...
- Será que chegam a vinte?
- Eu preciso de vinte e uma, uma para cada menino, porque hoje faltam dois. Vou contar!
E não é que acertou? A I. estava a exercitar o subitizing, sem o saber!
No jardim-de-infância, as crianças desenvolvem a capacidade de reconhecer, sem
contar, um conjunto de objetos numa determinada posição padrão, sendo esta facilmente
reconhecível pelas crianças. Estas disposições-padrão são muito usadas pelas crianças
em jogos como o dado, o dominó e as cartas tradicionais (Vale & Pimentel, 2011). A
esta capacidade que as crianças vão desenvolvendo de enumerar com precisão um
conjunto de objetos sem recorrer à contagem dá-se o nome de subitizing (Castro &
Rodrigues, 2008a; Starkey & Cooper, 1995; Moreira & Oliveira, 2003). (Fonte, p. 15)
A tarde foi dedicada à Ciência... a propósito da desejada "Viagem de Barco", conhecemos a Alice e a Sofia, duas primas (de trapo!) que costumavam ir com o avô andar de barco... mas queriam saber quais os objetos que podiam levar, de forma a que, se por acaso estes caíssem à água, não afundassem!
Depois passamos à experimentação e, um a um, fomos verificando se a nossa previsão estava, ou não, certa!
O que ia acontecendo era então registado num outro quadro, para podermos comparar...
Alguns objetos acertamos, outros não! Alguns corresponderam ao que esperavamos, mas outros surpreenderam grandes e pequenos e as hipóteses levantadas foram várias:
- O peso: o que é mais leve flutua e o que é mais pesado não
- Não pode ser, porque a laranja com casca é mais pesada e flutuou e sem casca é mais leve e afundou!
- O tamanho: o que é mais pequeno flutua e o que é maior não
- Também não pode ser, porque a pedra é mais pequena e afundou e a maçã é maior e flutuou!
- Será a forma?
E fomos experimentar com plasticina, que quando em forma de bola afundou.
E se lhe dermos outra forma, será que consegue flutuar?
Não foi fácil, mas tentamos dar-lhe a forma de alguma coisa pesada que flutua...
- Um barco!
E não é que alguns conseguiram?
O barco de plasticina flutuou mesmo! Só quando entrou água é que afundou...
A explicação científica para o sucedido é esta:
A bola de plasticina era um objecto maciço (sem concavidade, sem caixa-de-ar); enquanto que o “barco” moldado a partir de uma barra de
plasticina de igual massa, é um objecto com concavidade, com
“caixa-de-ar”. Os dois objectos têm a mesma massa, mas volumes
diferentes, sendo maior o do objecto com caixa-de-ar; o “barco” de plasticina ocupa mais espaço na água, fazendo
deslocar um maior volume de água; a intensidade da força de
impulsão que sobre ele é exercida pela água é suficiente para o
fazer flutuar. (Fonte, p. 35)
Então foi a forma que influenciou o comportamento dos objetos na água!
Que cientistas fixes estes ;-)
Até amanhã!
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